Fuzileiros navais russos na costa Síria em massivos exercícios no Mediterrâneo (VÍDEO)

A Rússia encenou exercícios militares em larga escala no Mar Mediterrâneo, perto da Síria, envolvendo tanto a Marinha quanto a Força Aérea. Os exercícios foram realizados em meio à escalada em andamento em torno de Idlib e às ameaças dos EUA de atacar a Síria.

As imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa da Rússia mostram as Forças Especiais da Marinha equipadas com equipamentos de última geração nas costas da província de Latakia, na Síria. Os fuzileiros usaram helicópteros, embarcações de ataque rápido e veículos blindados enquanto pousavam em grandes navios anfíbios sob a cobertura de dezenas de aviões de combate russos.


A exibição espetacular foi apenas parte de um exercício de uma semana, que é dito ser o primeiro de seu tipo nesta parte do Mediterrâneo. Além do treinamento de infantaria naval, no qual os fuzileiros navais não apenas aprimoraram suas habilidades anfíbias, mas também praticaram a proteção de navios da Marinha Russa contra atividades de sabotagem, os jogos de guerra também envolveram exercícios de combate e fogo marítimos.

Mais de duas dúzias de navios de guerra, incluindo o cruzador "Marechal Ustinov" e três das mais novas fragatas da Rússia, lançaram mísseis anti-navio e dispararam armas de alto calibre. Os treinos também viram os bombardeiros estratégicos russos Tu-160 Blackjack e caçadores de submarinos de longo alcance Tu-142 treinando lançamentos simulados de mísseis.



Realizado entre 1 de setembro e 8 de setembro, os exercícios também envolvem o estabelecimento de uma posição no território controlado por um inimigo simulado. No total, 26 navios de todas as frotas russas, incluindo dois submarinos, bem como 34 aeronaves, participaram dos jogos de guerra.

Mais cedo, o porta-voz do Kremlin explicou que os exercícios estavam parcialmente ligados à situação na província de Idlib, na Síria. Idlib é  "um foco de terrorismo e nada de bom pode vir dela, a menos que sejam tomadas medidas", disse  Dmitry Peskov antes dos exercícios no final de agosto, acrescentando que algumas  "medidas adicionais de segurança"  são  "justificadas". 

O exercício ocorre em meio a uma alta tensão na região, já que Moscou diz que os EUA estão enviando ativos militares adicionais para a Síria para um potencial ataque de mísseis contra as forças do governo sírio. Mais de uma semana atrás, o destróier de mísseis USS 'Ross' foi enviado para o Mediterrâneo, transportando 28 mísseis de cruzeiro Tomahawk. Ele veio depois de uma manobra similar do USS 'The Sullivans' para o Golfo Pérsico e a transferência de um bombardeiro estratégico B-1B Lancer para uma base aérea no Qatar. O Ministério da Defesa russo disse que os preparativos são  "a mais recente evidência da intenção dos EUA"  de atacar depois do que diz ser um ataque químico de bandeira falsa na Síria.



O Pentágono já compilou uma lista de alvos preliminares na Síria, que os militares dos EUA planejam atacar em caso de um  "ataque de armas químicas".  Também   informou "rotineiramente" ao presidente dos EUA Donald Trump sobre  "opções militares"  no caso de tal incidente.

O Ministério da Defesa da Rússia alertou repetidamente que os militantes em Idlib estão preparando um ataque de bandeira falsa usando armas químicas para justificar o ataque dos EUA contra as forças leais ao governo sírio. No sábado, o porta-voz do ministério, major-general Igor Konashenkov, disse que esses preparativos entraram em sua  “fase final”.


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