Rússia Bloqueia Marinha Ucraniana De Militarizar O Mar De Azov

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O governo ucraniano sob o oligarca Petro Poroshenko está no modo campanha eleitoral. Essa é uma das razões pelas quais está lançando novas provocações contra a Rússia. Ontem, as forças ucranianas supostamente ocuparam uma cidade na zona neutra entre a parte controlada pelo governo e os rebeldes na área de Donetsk. Hoje a marinha ucraniana enviou um rebocador e dois pequenos barcos de canhão - recentemente adquiridos da Guarda Costeira dos EUA - ucranianos os tipos da classe Gurza-M , para atravessar o estreito de Kerch e entrar no Mar de Azov.



Quando os navios entraram em águas russas sem anunciar sua intenção, um navio de guarda costeira russo bateu ( vid ) e danificou o rebocador. As duas embarcações escaparam, mas não passaram pelo estreito. As imagens mostram o corpo a corpo no mar. 

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Com a Crimeia de volta às mãos russas, o Estreito de Kerch é exclusivamente água territorial russa. O Tratado sobre o Estatuto Jurídico do Mar de Azov e o Estreito de Kerch, assinado em 2003 pela Rússia e pela Ucrânia, prevê que a entrada de navios militares no mar só é permitida com o consentimento mútuo. A Ucrânia contesta o status do mar em um tribunal de arbitragem. (Para uma discussão legal do caso ver 1 , 2 , 3. )

O governo ucraniano, instado pelos EUA, quer estabelecer um novo porto militar no Mar de Azov. Dois de seus navios da Marinha, uma embarcação de resgate e um rebocador, passaram pelo estreito no dia 23 de setembro. 

Em outubro, o governo russo alertou que não permitirá mais militarização do mar. Alguns falcões dos EUA querem que os navios da NATO entrem no Mar de Azov. O Mar de Azov tem uma profundidade máxima de 7 metros. Fragatas típicas dos EUA têm um calado de +10 metros. O que a OTAN ou os navios dos EUA poderiam ir fazer lá? Como a Rússia controla firmemente o único ponto de entrada no mar e pode facilmente atacar qualquer navio no Mar de Azov dentro de suas fronteiras, a ideia é incrivelmente estúpida.

O Estreito de Kerch está agora bloqueado por um grande cargueiro que os russos ancoraram sob a nova ponte de Kerch.

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A passagem está fechada e vários navios estão amontoados dos dois lados.

Pic via MarineTraffic o tráfego às 15:45 utc - maior

A provocação ucraniana pode ter o objetivo de azedar a reunião entre o presidente Trump e Putin, planejada para 30 de novembro, durante a cúpula do G20 na Argentina. Eles Devem ser mais cuidadosos. É bem possível que a Rússia bloqueie o tráfego comercial para o porto ucraniano de Mariupol sobre qualquer outro incidente. O grande perdedor desta provocação inútil seria novamente a Ucrânia.

Atualização - 26 de novembro, 6:00 utc

A guarda costeira russa deteve os três navios ucranianos e suas tripulações em águas russas. Eles novamente tentaram ilegalmente atravessar do Mar Negro através do Estreito de Kerch para o Mar de Azov. O lado ucraniano diz que dois marinheiros ficaram feridos(Nota:na verdade o capitão da embarcação atirou no seu próprio marinheiro que se recusou a atirar na embarcação russa segundo os primeiros relatos).

Desde que a Crimeia votou para tornar-se novamente parte da Rússia, o Estreito de Kerch pertence a Rússia. Os navios podem passar pelo estreito, mas são obrigados a passar por inspeções se a guarda costeira russa o exigir. O lado ucraniano entende que estas são medidas legais. Em um relatório do órgão do governo norte-americano RFL / RE publicado em agosto, o lado ucraniano admitiu isso :

Poliakov disse que, embora as ações da Rússia sejam "provocativas", devido ao controverso acordo de 2003 sobre cooperação e uso compartilhado do Mar de Azov e do Estreito de Kerch, " tudo o que a Rússia está fazendo aqui é tecnicamente". legal " .

Os três navios ucranianos tentaram passar nas águas russas sem informar as autoridades russas. Desde que a Rússia construiu a ponte Kerch, de US $ 3,7 bilhões, que liga a Crimeia à Rússia, comentaristas americanos e políticos ucranianos ameaçaram explodir a ponte:

“A ponte de Kerch é a infra-estrutura de um inimigo. Ele conecta o território ocupado com o continente do país agressor, por isso é uma infra-estrutura do inimigo ”, disse Mosiychuk no canal 112 da Ucrânia.Segundo ele, “qualquer país normal” em estado de guerra se esforçaria para destruir a infra-estrutura do inimigo. Respondendo a uma pergunta se ele pessoalmente destruiria a ponte, ele disse que faria isso se fosse o ministro da defesa.

Os russos são compreensivelmente cuidadosos com qualquer tráfego próximo a ela.

Depois do incidente de ontem o presidente da Ucrânia  Poroshenko propôs declarar a lei marcial. O parlamento terá que decidir sobre isso. Esta é uma jogada muito conveniente para Poroshenko, pois permitirá que ele mude a data das eleições gerais de março de 2019. Poroshenko percorre as pesquisas com cerca de 8% do total de votos.

A Rússia convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, que será realizada hoje às 11:00 da manhã EST. A passagem pelo Estreito de Kerch está novamente aberta para embarcações civis .

O habitual assunto anti-russo nos círculos políticos "ocidentais" usa o incidente para exigir mais medidas contra a Rússia. Frente ao esforço está o grupo de lobbying da indústria de armas do Atlantic Council:

Anders Åslund, pesquisador sênior do Centro da Eurásia do Conselho do Atlântico, disse: "A Otan e os Estados Unidos devem enviar navios de guerra para o Mar de Azov para garantir que permaneçam abertos ao transporte marítimo internacional".Tal ação, Åslund disse, “estaria em total conformidade com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar de 1982 e a Convenção de Montreux sobre o Regime do Estreito de 1936”.

Anders Aslund é listado como membro do "Cluster EUA e Canadá" da operação de influência secreta do Ministério das Relações Exteriores britânico descrita há dois dias . Ele é obviamente incapaz de ler um mapa, um mapa marítimo ou uma convenção da ONU. A tentativa da Ucrânia de atravessar o Estreito de Kerch sem o consentimento russo é uma violação dos artigos 7, 19 e 21 da Convenção do Direito do Mar das Nações Unidas (pdf):

Artigo 7: "Sujeito a esta Convenção, os navios de todos os Estados, costeiros ou sem litoral, gozam do direito de passagem inocente pelo mar territorial". 
[...] 
Artigo 19-1: "A passagem é inocente desde que não prejudique a paz, a boa ordem ou a segurança do Estado costeiro. Essa passagem ocorrerá em conformidade com a presente Convenção e com outras regras do direito internacional. " 
... 
Artigo 21-4: "Os navios estrangeiros que exercem o direito de passagem inocente pelo mar territorial devem cumprir todas as leis e regulamentos [do estado costeiro] e todos os regulamentos internacionais geralmente aceitos relativos à prevenção de colisões no mar."

Agora haverá novamente muito barulho na mídia sobre os 'nefastos russos' e novas demandas por sanções ainda mais inúteis. Mas o caso legal é claro. Foi a marinha ucraniana que tentou intencionalmente passar do Mar Negro para o Mar de Azov, através das águas territoriais russas, sem levar em conta as leis e regulamentos do Estado costeiro. A Rússia estava dentro de seus direitos para impedir a passagem e tomar os barcos ucranianos.