Marinha indiana desloca seus jatos de patrulha Poseidon 8I para vigiar os submarinos chineses no Índico - Noticia Final

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Marinha indiana desloca seus jatos de patrulha Poseidon 8I para vigiar os submarinos chineses no Índico

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A sequência mostra a decolagem de um P-8I, e a disposição interna dos seus equipamentos (possível de ser informada)
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Por Roberto Lopes

A Marinha da Índia deslocou dois dos seus oito principais aviões de patrulhamento e guerra antissubmarina, tipo Poseidon 8I (Boeing 737 convertido à função de patrulheiro naval), da Estação Aérea Naval de Rajali, no extremo sul do seu território continental, para a base militar do arquipélago Andaman e Nicobar, a 1.200 km (745 milhas) de distância do continente indiano.

De acordo com uma reportagem publicada nesta quarta-feira (20.01) pelo jornal The Times of India – o o mais popular diário indiano em língua inglesa (público leitor superior a 13 milhões de pessoas) –, o desdobramento dessas aeronaves é uma resposta às repetidas incursões de submarinos chineses em zonas do Oceano Índico próximas das águas jurisdicionais indianas e dos mares territoriais de países que pertencem à órbita político-militar indiana, como o Sri Lanka e a República das Maldivas.

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Pista de pouso principal da base indiana no arquipélago Andaman e Nicobar

O P-8I está apto a cumprir missões de vigilância de longo alcance, guerra antissubmarina, guerra anti-superfície, Inteligência, reconhecimento em grandes áreas marítimas e apoio a operações litorâneas.

Seu armamento inclui mísseis Harpoon Block-II, torpedos leves MK-54, foguetes e cargas de profundidade Mk. 82.

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A sequência mostra mísseis sob as asas de um P-8I indiano, e parte da disposição interna dos consoles de sensores, no interior da aeronave
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A aeronave carrega um radar de popa modelo Telephonics APS-143 OceanEye, e um detector de anomalias magnéticas. Essa aparelhagem está conectada aos sistemas de comunicações e de recepção de dados dos submarinos indianos que patrulham o Índico.

Enclave – O chamado Comando Andaman e Nicobar é um enclave militar guarnecido por uma brigada de Infantaria com 3.000 militares, 20 navios de guerra de pequeno porte, helicópteros Mi-8, aeronaves de patrulha Dornier-228 e veículos aéreos não-tripulados Searcher II (de procedência israelense).

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Navio de guerra indiano é recebido com festa em Andaman e Nicobar

O arquipélago reúne 572 terrenos insulares que se estendem por pouco mais de 720 km. O plano do Ministério da Defesa indiano é ter aí um destacamento nível divisão de Infantaria, com todos os serviços militares auxiliares – navais e aéreos – que a situação de isolamento desse Comando requer. Mas, de acordo com o The Times of India, o próprio Ministério admite que nos últimos anos, a formação desse dispositivo de defesa apresentou “não muito progresso”.

Em janeiro de 2009 a Índia tornou-se o primeiro cliente internacional da aeronave P-8I, uma variante de exportação do P-8A Poseidon, projetado e construído pela Boeing americana para suceder o emblemático P-3 Orion – ainda largamente usado em todo o mundo.

Todo o lote de P-8I adquirido pelos indianos está, hoje, plenamente operacional – emprestando à Força Naval local um poderio de patrulhamento marítimo comparável aos das principais potências militares do globo.

Paquistão – A tensão entre as forças navais indiana e chinesa aumentou muito no ano passado, depois que foi observada uma aproximação entre as marinhas da China e do Paquistão.

Nas últimas semanas, os governos de Pequim e de Islamabad confirmaram que seus navios vêm realizando até exercícios de guerra antissubmarina – tipo de manobra militar que faz supor uma cooperação técnica mais íntima entre os seus oficiais.

Esta semana a Marinha da Índia mobilizou seus barcos na Baía de Bengala, para vigiar o deslocamento de um submarino chinês de identidade não revelada, que se movia em águas internacionais próximas ao mar territorial da Índia.

O monitoramento de submersíveis no entorno do litoral indiano é difícil por causa d alta salinidade dessas águas – circunstância em que as partículas em suspensão no meio aquático ajudam a esconder o corpo metálico em deslocamento nas profundezas.

O barco misterioso que viajava abaixo das ondas estava acompanhado por três navios de guerra: as fragatas porta-mísseis Liuzhou e Sanya, e o navio reabastecedor Qinghaihu.

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Fragata chinesa “Liuzhou”

Verificou-se que os quatro navios haviam deixado o Golfo de Aden a 3 de janeiro passado, e que eles realizam a travessia de volta para casa após uma temporada de quatro meses ao largo do “Chifre da África”, oficialmente em patrulhas anti-pirataria.

Estados Unidos – A Marinha Americana tem deixado vazar a sua forte desconfiança quanto à transparência das declarações oficiais dos militares chineses. Em particular no tocante à suposta participação de submarinos em forças navais anti-pirataria – cujo objetivo é agir em um quadro de “guerra assimétrica”, contra embarcações de superfície de potencial ofensivo muito pequeno.

No sábado retrasado (09.01), durante uma passagem pela Índia, o Comandante da Frota Americana do Pacífico, almirante Scott Harbison Swift, de 59 anos, foi taxativo: “É difícil para mim, como um comandante naval, entender como pode um submarino apoiar operações anti-pirataria”. A frase arrancou discretos sorrisos dos chefes navais indianos.

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Almirante Scott H. Swift

A 21 de dezembro passado, o Congresso dos Estados Unidos divulgou um relatório, preparado por especialistas civis e militares, intitulado “Modernização Naval da China: Implicações para a Marinha dos Estados Unidos”.

O documento, em certo trecho, afirma: “Como marca global da China e dos seus crescentes interesses internacionais, seu programa de modernização militar tornou-se progressivamente mais focado em investimentos para um gama de missões fora da periferia da China, incluindo a projeção de poder, segurança no mar, luta contra a pirataria, manutenção da paz e assistência humanitária/socorro a desastres”.

Fragata – Em sua viagem de regresso à China, a força-tarefa anti-pirataria chinesa realizou manobras navais de um dia com a fragata paquistanesa Zulfiqar.

Nessa jornada África-China, que exige cruzar o Índico, a primeira parada da força-tarefa foi no porto de Chittagong, em Bangladesh.

Os barcos se encontram, desde o domingo passado, no porto de Colombo, capital do Sri Lanka – de onde suspenderão, nesta quinta-feira (21.01), para a perna final de sua travessia até a costa chinesa.

Dois desses barcos – não o submarino – ainda farão uma visita de cortesia, entre os dias 6 e 7 de fevereiro, ao porto de Vishkapatnam, na costa leste da Índia.

Plano Brasil

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