Ucrânia começou luta contra “inimigos do povo” - Noticia Final

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Ucrânia começou luta contra “inimigos do povo”

Em Kiev foi criado um comitê de lustração, cujo objetivo é a luta contra os “inimigos do povo”.

A nova estrutura já começou a fazer listas de funcionários públicos e agentes de segurança que não reconhecem o atual poder ou que participaram de algum modo no confronto com os ativistas da praça da Independência. Os defensores russos dos direitos humanos pediram à ONU e OSCE que não permita vingança política em Kiev. Ao mesmo tempo, enquanto as organizações fecham os olhos ao que se passa, na Ucrânia atacam a liberdade de expressão, proibindo os jornalistas russos de trabalhar no território do país.

Em Kiev começaram a fazer listas de inimigos do povo, para onde vão os que não estão de acordo com as novas autoridades. Isso está sendo feito pelo comitê Nykoli znovu (Nunca mais). Os ativistas desta estrutura apelam às pessoas que se inscrevam na página virtual da agência de lustração, bem como aumentem a lista de suspeitos. Cada um pode acrescentar aqueles que, na sua opinião, se manifestaram contra o assim chamado movimento pró-europeu, declara Vladimir Shtol, doutor em História:

"Quaisquer comitês de lustrações, independentemente das boas intenções de disfarce, tornam-se incontroláveis. Tomemos, por exemplo, as organizações de combatentes, que se tornam quase as únicas forças armadas do Estado, equipadas com os armamentos mais modernos e com o objetivo de violar os direitos do homem. As consequências para a própria Ucrânia podem ser as mais inesperadas. Os comitês de lustração irão apenas estratificar e conduzirão à posterior criminalização da sociedade ucraniana."

Atualmente, na lista de lustração há mais 60 cidadãos da Ucrânia. Entre eles há agentes dos órgãos de segurança, juízes, procuradores, advogados. Na página foram publicados todos os seus dados pessoais: apelidos, nomes, fotografias, locais de trabalho, telefones. Os representantes do comitê de lustração acusam essas pessoas de “crimes”. Tais como, por exemplo, “agente do Partido das Regiões”, “defendeu o aumento do preço dos transportes”, “divulgação de desinformação sobre ativistas da praça da Independência”, declara Alexei Martynov, diretor do Instituto Internacional de Estados Modernos:

"Os direitos do homem na Ucrânia são violados, espezinhados de forma bruta. E não só os direitos elementares à segurança, à defesa de ataques físicos, à liberdade de movimentação. Mas também os direitos fundamentais, por exemplo, o direito a exprimir a sua opinião, o direito à informação viável. Hoje, na Ucrânia, são desligados os canais de televisão incômodos de Estados estrangeiros, que dão um ponto de vista alternativo, incômodo para a propaganda ucraniana. Hoje, na Ucrânia não deixam entrar jornalistas ucranianos, que tentam escrever e falar a verdade. Trata-se de violações grosseiríssimas dos direitos humanos, são elementos de uma sociedade totalitária."

Os acontecimentos dos últimos anos confirmam que as autoridades de Kiev atacam a liberdade de expressão. Na véspera, foi recusada a entrada de jornalistas russos na Ucrânia. “Verdade seja dita”, a missão de observadores da OCSE, que atualmente se encontra em Kiev, não notou quaisquer violações dos direitos humanos. Às organizações é vantajoso fechar os olhos ao que se passa, continua Alexei Martynov:

"A OSCE e as restantes organizações internacionais são uma espécie de patrocinadores informativos e tecnológicos do bacanal que tem lugar na Ucrânia. Hoje, a sua principal tarefa é realizar, de qualquer forma, as eleições para dar a mínima legitimidade às estruturas estatais existentes na Ucrânia."

Entretanto, os defensores russos dos direitos humanos pediram à ONU e OSCE que intervenham imediatamente e travem a perseguição dos cidadãos da Ucrânia que cumprem o seu dever sagrado ou não estão de acordo com a nova autoridade. Por enquanto, as organizações internacionais ainda não reagiram.

Voz da Rússia

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