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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Novos bilhões de metros cúbicos de gás são descobertos no Ártico russo

Na plataforma continental russa do Ártico foram descobertas várias dezenas de novos indícios de depósitos de hidrocarbonetos. Trata-se de recursos ainda não confirmados nas áreas costeiras dos mares de Kara e Pechora.

Segundo o jornal Rossiyskaya Gazeta, só nas águas da baía Baidaratskaya a produção anual estimada pode atingir os 16 bilhões de metros cúbicos de gás. O primeiro gás é esperado já em 2015. As características particulares dos achados são sua proximidade à costa e pequena profundidade.

Os potenciais depósitos estão localizados no máximo a 26 quilômetros da costa e a 10 metros do fundo do mar de Pechora. Os indícios de gás descobertos lá, ou seja as concentrações de emissões de hidrocarbonetos, sugerem que os potenciais depósitos podem tornar-se bastante atraentes. E podem impressionar qualquer investidor e qualquer empresa. Os indícios de hidrocarbonetos no mar de Kara se mostraram numa posição ainda mais vantajosa. Eles estão localizados a uns meros 5 quilômetros da costa. Sua profundidade é a mesma. A conclusão de especialistas é inequívoca – o desenvolvimento dos potenciais depósitos e a subsequente produção de gás serão muito mais baratos. Para efeito de comparação, o depósito Shtokman de condensado de gás – um dos maiores e mais promissores do mundo, fica a 600 quilômetros da costa e a uma profundidade de 340 metros. E o fato de que a Rússia está descobrindo novos depósitos de hidrocarbonetos com uma regularidade invejável é uma enorme vantagem tanto para o país como para as empresas russas, diz o diretor da Fundação de Segurança Energética Nacional Konstantin Simonov:

“A Rússia, fazendo novas descobertas, mostra que o país continua acumulando reservas e recursos. Mas existem muitas especulações que dizem que na Rússia se esgotará o petróleo, se esgotará o gás, esquecendo que o país tem uma reprodução expandida. Colocamos anualmente no saldo mais reservas do que extraímos petróleo e gás. E o fato de que essas descobertas são feitas na zona do Ártico comprova que pesquisas no Ártico são promissoras.”

No mar de Kara, já a vários anos estão sendo ativamente desenvolvidos depósitos e extraídos hidrocarbonetos. Por isso não deve haver problemas com o desenvolvimento de novos depósitos. Comenta o vice-diretor do Instituto de Problemas de Petróleo e Gás, doutor de ciências técnicas. Vassili Bogoyavlensky:

“No mar de Kara, no estuário do Taz, a mineração está sendo efetuada desde 2003. O depósito de Yurkharovskoye no ano passado produziu cerca de 2,6 milhões de toneladas de condensado e cerca de 38 bilhões de metros cúbicos de gás. Esta é uma produção muito significativa, e não só na escala da plataforma russa, mas de toda a plataforma do Ártico. É justamente graças ao desenvolvimento do depósito de Yurkharovskoye que a Rússia é o líder de produção de petróleo e gás em mar desde 2005. Por alguma razão, isso não é muito conhecido, mas é realmente um fato.”

E a experiência adquirida é enorme, continuam especialistas. E o fato de que os futuros depósitos estão perto da costa é ainda mias vantajoso para as empresas de gás. Existem tecnologias de perfuração horizontal a longas distâncias. Portanto, o desenvolvimento de futuros depósitos nas áreas costeiras dos mares de Kara e Pechora não serão um problema. Tão pouco serão necessárias enormes plataformas – ilhas artificiais. Isso e muito mais aumenta a concorrência entre as empresas que estarão interessadas nos novos projetos. E elas certamente não escaparão a uma luta pelo direito de serem parceiras dos operadores dos futuros depósitos, diz o diretor da Fundação de Segurança Energética Nacional Konstantin Simonov.

“Sem dúvida, haverá concorrência. Mas devemos entender que hoje não existem assim tantas empresas com recursos financeiros e tecnologias: Exxon Mobil, Eni, Royal Dutch Shell, Total, sem dúvida. Sim, os interessados serão muitos. O interesse no Ártico é grande, incluisive na sua parte russa. Sabemos que a Rosneft já tem projetos com a empresa Exxon Mobil no mar de Kara. E nem mesmo as sanções afetam esses projetos. Portanto, todas as grandes empresas ocidentais estarão dispostas a negociar com as empresas estaduais russas, que provavelmente serão operadores dos novos projetos.”

Segundo estimativas de especialistas russos, o petróleo produzido na plataforma dos mares do Ártico em 10 anos pode chegar até 5% do volume total de produção, e o gás pode chegar aos 10%. Estes números são mencionados no projeto de estratégia energética da Rússia até 2035. O interesse de estrangeiros em projetos do Ártico em águas russas está sendo fomentado também por peritos internacionais. Assim, segundo previsões da Sociedade Geológica Norte-Americana, a plataforma dos mares polares contém mais de 20% de depósitos de hidrocarbonetos não descobertos. E a maior parte está na Rússia.

Voz da Rússia

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