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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Políticos revivem velhos hábitos para amenizar impactos da detenção no Brasil

Neste instante pós detenção, algumas das figuras célebres condenadas por operar o sistema de compra de votos de parlamentares, o famoso mensalão, recorrem a velhos hábitos para tentar diminuir o impacto do revés em suas biografias. De pedido de renúncia para fugir da cassação a aproximação com empresas suspeitas, entra em campo um conhecido sortimento de expedientes, há tempos empregado pela classe política local.

O objetivo é o de amenizar o sacramentado acerto de contas com a justiça. Em alguns casos, também guarda um fio de esperança de, algum dia, retomar a carreira pública, embora o plano pareça de difícil realização. Mas é justamente o que fez Valdemar Costa Neto, que renunciou nesta quinta-feira, 5, do cargo de deputado federal após ter decretada a sua prisão.

Costa Neto, na verdade, repete o gesto feito há oito anos, quando foi denunciado pelo crime. A diferença entre os dois momentos é que, enquanto em 2005 ele preservou os direitos políticos e se reelegeu duas vezes, agora ele se será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, por isso, ficará inelegível até 2029, quando atingirá a idade de 80 anos.

O deputado é um dos caciques do Partido da República (o mesmo do palhaço Tiririca). E como justificativa para a renúncia, disse que prentendia evitar o constrangimento dos colegas deputados em passar por mais um processo de cassação de um parlamentar. "Renunciar era uma decisão que o deputado já tinha tomado em razão de que não desejava submeter a Casa e os colegas ao constrangimento de uma votação aqui em plenário", disse Luciano Casto, líder em exercício do PR na Câmara.

No mesmo dia, o ex-ministro José Dirceu informou em nota que iria desistir da proposta de emprego em um hotel em Brasília. Preso em regime semi-aberto, arrumar uma emprego é condição sine qua non para que tenha o direito de sair do presídio da Papuda, onde está recolhido, durante o dia para retornar a noite. Acontece que nem bem divulgou o interesse do empregador e uma reportagem veiculada pelo Jornal Nacional, o principal telejornalístico do país, que o tal hotel tem procedência suspeita, para dizer o mínimo.

A reportagem encontrou o suposto presidente da empresa administradora do hotel de Brasília que ofereceu o salário de R$ 20 mil ao ex-secretário da Casa Civi em um bairro periférico do Panamá, na América Central, com um mangueira de água na mão e lavando o próprio carro.

Não precisou procurar muito para perceber que o principal investidor do hotel no Centro de Brasília, instalado em um prédio de 15 andares e 424 apartamentos, preenchia bem o papel de "empresário laranja", como é apelidado quem empresta seu nome para encobrir outros nomes no comando de uma operação. Na verdade, um dos sócios do hotel é Paulo Masci de Abreu, irmão de José Masci de Abreu, presidente do Partido Trabalhista Nacional, que em 2010 apoiou a eleição da presidente Dilma Rousseff...

A história toda ainda está sendo investigada. Mas fica no ar uma fumaça estranha. Alguns hábitos, por muito enraizados, são difíceis de serem superados.

Voz da Rússia

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