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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Putin a Obama: “Seria bom que não se irritasse”

Moscou propõe debater a situação grave em torno da Síria na cúpula dos G20, declarou o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A reunião de cúpula realizar-se-á em 05 e 06 de setembro em São Petersburgo. Putin exortou mais uma vez a esperar os resultados do trabalho dos especialistas da ONU que colheram amostras na região de Damasco, onde teriam sido empregadas armad químicad em 21 de agosto. A posição de princípio da Rússia consiste em que, fosse quem fosse que tenha empregado a arma de extermínio em massa – isto é um crime, salientou o presidente russo.

Em caso de existirem provas convincentes do emprego de armas químicas na Síria, elas devem ser apresentadas ao Conselho de Segurança da ONU. Por enquanto não existem tais provas convincentes, disse o presidente russo. Ele deu uma ampla entrevista ao Primeiro Canal russo e à agência noticiosa americana AP (Associated Press). Quando houver provas de uso de armas por qualquer uma das partes, então será necessário agir, acrescentou Vladimir Putin.

“Nós não defendemos este governo (do presidente Assad). Nós defendemos outras coisas: nós defendemos as normas e princípios do direito internacional, nós defendemos a ordem mundial atual, nós defendemos o debate até mesmo da possibilidade de emprego da força exclusivamente no âmbito da ordem internacional, das regras internacionais e do direito internacional. É isto que nós defendemos. É este o valor absoluto. Quando questões relacionadas com o emprego da força são resolvidas fora do âmbito da ONU e do Conselho de Segurança, então surge o receio de que tais decisões incorretas possam ser aplicadas em relação a qualquer um e sob qualquer pretexto.”

Até mesmo nos EUA há especialistas que consideram que as provas apresentadas pelo governo não são convincentes e não excluem a possibilidade de que a oposição ter realizado um ato de provocação previamente planejado, tentando dar a seus protetores motivo para uma intervenção armada. Os EUA já anunciaram a disposição de empregar a força contra Damasco. A Casa Branca espera só a aprovação do Congresso, que possivelmente será dada na próxima semana.

Ao mesmo tempo, as amostras colhidas pelos inspetores da ONU em Damasco foram entregues em 04 de setembro aos especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas em Haia. Este é o órgão internacional mais competente em perícia de substâncias tóxicas de combate. Os resultados das análises estarão prontos não antes de dentro de três semanas. Só depois disto se poderá tirar conclusões, considera o presidente russo.

“Se for estabelecido que são os rebeldes que empregam meios de extermínio em massa, o que os EUA farão com os rebeldes? O que farão estes patrocinadores com os rebeldes? Deixarão de lhes fornecer armas? Começarão operações de combate contra eles?”

Durante a entrevista de Vladimir Putin falou-se também do cancelamento recente da visita do presidente dos EUA, Barack Obama a Moscou. O presidente russo assinalou que gostaria de debater muitas questões com seu colega americano.

“Nós entendemos que em relação à posição da Rússia sobre algumas questões surge uma certa irritação do governo americano. Mas não se pode fazer nada. Eu penso que na realidade seria bom que não se irritasse, mas juntos termos paciência e trabalharmos na busca de soluções.”

Putin disse também que não vê nenhuma catástrofe no cancelamento do encontro. Os contatos a nível de ministérios e outros departamentos entre Washington e Moscou continuam com êxito. Como declarou o presidente russo, ele e Obama terão em breve a possibilidade de debater as questões mais importantes durante a cúpula do G20 em São Petersburgo, que se realizará no final desta semana.

Voz da Rússia

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