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terça-feira, 27 de agosto de 2013

EUA cada vez mais perto de um ataque contra a Síria

Washington, 27 ago (Prensa Latina) Movimentos navais próximos à costa da Síria, mísseis de cruzeiro de prontidão no mar Mediterrâneo, uma retórica que eleva o tom: os Estados Unidos se aproximam cada vez mais de uma possível ação militar contra esse país do Oriente Médio.
O governo do presidente Barack Obama reiterou que continua estudando uma reposta às autoridades de Damasco, às quais acusa de ter utilizado armas químicas contra a população civil no dia 21 de agosto, o que é negado rotundamente pela administração de Bashar Al-Assad.

Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, disse ontem em coletiva de imprensa que não se decidiu sobre a ação militar, embora o Pentágono já tenha apresentado uma variedade de opções militares ao presidente democrata, inclusive o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea.

No entanto, especialistas militares, membros do Congresso e outros entendidos no assunto opinam que a variante mais provável seria a utilização de mísseis de cruzeiro para atacar alvos sírios.

A eventual ação aliada envolveria disparar esse tipo de armas de navios ancorados no Mediterrâneo e fora do espaço aéreo exterior sírio para, segundo observadores, proporcionar a opção mais segura para as forças aliadas, destacou uma reportagem do jornal USA Today.

O secretário de Estado, John Kerry, alinhado com o argumento do suposto uso de armas químicas pelo governo de Assad, fez ontem uma declaração inesperada na qual disse que a "evidência é irrefutável", mas sem apresentar provas.

Nesse sentido, pediu a todas as nações que se unam para esclarecer a presumível responsabilidade da Síria pelo uso de gases venenosos contra sua população civil, e sublinhou: o "que está diante de nós hoje é real e convincente".

Há meses, Obama apontou como advertência que a utilização deste tipo de arma seria a chamada linha vermelha estabelecida para decidir uma resposta mais dura contra Damasco, que suporia um ataque armado direto.

Alguns legisladores consideram que a agressão contra a Síria poderia ser iminente e que o presidente Obama não precisaria da aprovação do Congresso para isso (como ocorreu com a Líbia em 2011).

Da mesma maneira, líderes do Congresso, inclusive o presidente da Câmara de Representantes, o republicano de Ohio John Boehner, esclareceu que, antes de realizar qualquer ação, teria que fazer uma consulta significativa aos legisladores, assinalou seu porta-voz Brendan Buck.

Explicou que o primeiro passo de Obama e sua equipe deve ser informar, consultar o Congresso sobre o que considera opções viáveis, e "isto ainda não aconteceu".

Grupos da chamada oposição armada acusaram o Exército Árabe Sírio de efetuar um eventual ataque com gases tóxicos, o que foi tomado como argumento para o aumento das tensões.

Damasco, por sua vez, apresentou mais provas sobre a utilização desses artefatos pelas forças irregulares que tentam derrocar Assad, as quais contam com o apoio político e logístico de Washington e alguns de seus aliados europeus e do Oriente Médio.

A intensificação da retórica coincide também com a visita de uma missão da Organização das Nações Unidas a uma região próxima da capital síria, agredida nesta segunda-feira por francoatiradores dos sublevados.

Conselheiros presidenciais sugeriram também que qualquer decisão leve em conta o modelo de intervenção no Kosovo em 1999, realizado sob o abrigo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, que permitiria atuar sem um mandato do Conselho de Segurança da ONU, publicou recentemente o jornal The New York Times.

Enquanto isso, o estado árabe afirma categoricamente que as acusações são falsas, as quais qualificou como absurda manipulação para impulsionar os obsessivos planos de intervenção militar no país para derrocar Assad.

Mas, o curso dos acontecimentos recorda o mesmo argumento utilizado durante a invasão e ocupação do Iraque, em março de 2003.

Naquele momento, o então presidente George W. Bush, o vice-presidente Richard Chenney, o chefe do Pentágono, Donald Rumsfeld, e o secretário de Estado, Colin Powell, asseguraram que Bagdá tinha armas de destruição em massa, que depois jamais apareceram.

Agora, meios da imprensa recordam também que entre os momentos importantes da carreira política do atual presidente esteve um discurso pronunciado por ele em outubro 2002, quando desafiando a maré da opinião pública se opôs à guerra contra o Iraque.

Essa sua postura o ajudou a vencer a nomeação democrata em 2008 e, mais tarde, a Casa Branca.

Neste instante, dentro do Salão Oval, Obama enfrenta a possibilidade de colocar os Estados Unidos em outro conflito no Oriente Médio de dimensões imprevisíveis e a pergunta é: quando?

Prensa Latina

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