Vladimir Putin: Egito está à beira da guerra civil

Em visita oficial ao Cazaquistão no domingo, 7, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que o Egito está à beira de uma guerra civil. O chefe de Estado russo alertou ainda que, por mais lamentável que sejam estas constatações, a Síria mergulhou em um conflito semelhante há mais de dois anos.

Também no domingo, o Presidente interino do Egito, Mansour Adly, negou informações divulgadas na véspera de que o Prêmio Nobel da Paz, Mohamed El Baradei, havia sido convidado para o cargo de primeiro-ministro. O laureado dirigiu a Agência Internacional de Energia Atômica e, segundo o ocupante provisório da presidência egípcia, seu nome é uma "escolha lógica" na lista dos que estão sendo analisados para assumir a chefia de governo do país.

Por sua vez, o jornal Al-Ahram informou, igualmente no domingo, que o cargo de primeiro-ministro foi oferecido ao diretor do Banco Central do Egito, Farouk El Okdah. Segundo o jornal, as negociações com o chefe da instituição financeira foram iniciadas depois de Mohamed El Baradei, ter recusado ocupar o cargo.

Já um dos mais famosos políticos egípcios, Mamdouh Hamza, entregou à Procuradoria Geral do Egito uma denúncia, acusando o deposto Presidente Mohamed Mursi e a liderança da Irmandade Muçulmana de alta traição.

Hamza destacou que os islamitas forneceram armas e contribuíram para concessão de cidadania egípcia aos membros do movimento palestino Hamas. Além disso, segundo o político egípcio, Mohamed Mursi e seus partidários preparavam uma provocação contra os cidadãos do Egito.

Já os partidários do ex-presidente egípcio, deposto na quarta-feira, 3, e desde então colocado em prisão domiciliar, afirmaram que a Irmandade Muçulmana está disposta a pegar em armas para recuperar o poder no Egito.

Diário da Rússia