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quinta-feira, 7 de março de 2013

Chávez

Venezuelanos em luto acompanham cortejo fúnebre de Chávez em Caracas

CARACAS – Um mar de partidários de Hugo Chávez acompanhou seu cortejo fúnebre pelas ruas de Caracas nesta quarta-feira, em uma correnteza de emoção que aliados esperam que ajudará seu vice a vencer uma eleição nas próximas semanas e manter viva a sua revolução socialista.

Dezenas de milhares de "chavistas" marcharam atrás do caixão do presidente, envolto na bandeira nacional azul, vermelha e amarela da Venezuela. Muitos choravam enquanto soldados com boinas vermelhas carregavam seu caixão pelo centro de Caracas e autofalantes tocavam canções cantadas por Chávez.

Avenidas foram tomadas por cânticos de "Chávez vive! A luta continua!", enquanto simpatizantes jogavam flores sobre o caixão e se acotovelavam para tocá-lo. Alguns seguravam cartazes em formato de coração com a mensagem: "Amo Chávez!". Outros aplaudiram desde telhados, agitando camisetas.

Encerrando um dos regimes populistas mais notáveis da América Latina, Chávez morreu na terça-feira, aos 58 anos, depois de uma batalha de quase dois anos contra o câncer que foi detectado na região pélvica.

Seu corpo foi levado para uma academia militar nesta quarta-feira, onde ficará até o funeral de sexta-feira.

O futuro das políticas esquerdistas de Chávez, que ganhou a adoração dos venezuelanos pobres, mas enfureceu adversários que o acusavam de ditador, agora recai sobre os ombros do vice-presidente Nicolás Maduro, o homem indicado por Chávez para sucedê-lo.

"Na imensa dor dessa tragédia histórica, que tem afetado a nossa pátria, apelamos a todos os compatriotas para estarem vigilantes pela paz, amor, respeito e tranquilidade", disse Maduro. "Nós pedimos que o nosso povo canalize essa dor em paz."

Maduro, de 50 anos, ex-motorista de ônibus e líder sindical, provavelmente enfrentará o governador de oposição Henrique Capriles na próxima eleição presidencial.

Uma recente pesquisa de opinião mostrou uma forte liderança de Maduro sobre Capriles, em parte porque ele recebeu a bênção de Chávez como seu herdeiro, e é provável que ele se beneficie da onda de emoção após a morte do presidente.

Autoridades disseram que a votação seria convocada dentro de 30 dias, mas não estava claro se isso significava que seria realizada dentro de 30 dias ou apenas se a data será anunciada nesse período.

Há muita coisa em jogo para a região devido à ajuda econômica crucial e o combustível barato que o governo Chávez fornece aos aliados em toda a América Latina e Caribe.

O alto e bigodudo Maduro era um aliado próximo de Chávez há muito tempo. Ele imediatamente prometeu continuar seu legado e não deve fazer grandes mudanças políticas logo.

Maduro agora vai se concentrar em reunir apoio da diversa coalizão de Chávez, que inclui ideólogos de esquerda, líderes empresariais e grupos armados radicais chamados de "coletivos".

Alguns têm sugerido que ele poderia tentar aliviar as tensões com investidores e o governo dos Estados Unidos, embora, horas antes da morte de Chávez, Maduro tenha afirmado que os "imperialistas" inimigos tinham infectado o presidente com o câncer como parte de uma série de conspirações com os adversários internos.

Uma vitória de Capriles traria profundas mudanças à Venezuela e seria bem recebida por grupos empresariais e investidores estrangeiros, embora seja provável que ele agisse de forma cautelosa para reduzir o risco de violência e instabilidade política.

"Não é hora de salientar o que nos separa", disse Capriles em nota na noite de terça-feira, em que pediu união e respeito pelo luto dos chavistas.

"Há milhares, talvez milhões de venezuelanos que estão se perguntando o que irá acontecer, que até sentem medo… Não se assustem, não fiquem ansiosos. Entre todos nós, vamos garantir a paz que este amado país merece."

ALIADOS

Comandantes militares rapidamente juraram lealdade a Maduro, que será o presidente interino até a eleição. O ministro da Defesa, Diego Morales, disse que uma salva de 21 tiros de canhão em homenagem a Chávez foi disparada nesta quarta-feira.

Não estava claro onde Chávez seria enterrado. Ele tinha ordenado a construção de um novo mausoléu no centro de Caracas para os restos mortais do herói da independência Simon Bolívar, sua inspiração, e o prédio deve estar terminado em breve. Alguns aliados já estão dizendo que ele deverá ser enterrado lá.

"Ao panteão!" gritavam os partidários de Chávez durante a parada nesta quarta-feira, que foi liderada por Maduro bem à frente do cortejo.

O influente parlamentar "chavista" Freddy Bernal disse que Chávez deveria ser posto para descansar ali, também: "Por seu brilhantismo político e compromisso com o país, o comandante Chávez mereceu seu lugar ao lado do libertador Simon Bolívar no panteão".

Apesar do tumulto em torno da procissão fúnebre, grande parte de Caracas estava tranquila, com ruas desertas, especialmente em bairros mais ricos. Muitas lojas fecharam as portas com medo de saques. Havia longas filas nos postos de gasolina.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, se juntou a Maduro na frente da procissão. Os presidentes de Argentina e do Uruguai também chegaram para o funeral, disse a mídia estatal.

Condolências chegaram de todo o mundo, do Vaticano e da Organização das Nações Unidas (ONU) aos aliados, como Irã e Cuba. O presidente sírio, Bashar al-Assad, lamentou a morte de Chávez como uma grande perda, exaltando sua oposição à "guerra contra a Síria."

OBAMA ESTENDE A MÃO

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi menos efusivo sobre um homem que colocou seu país em desacordo com Washington, dizendo que seu governo estava interessado em "desenvolver um relacionamento construtivo com o governo venezuelano."

Em um gesto potencialmente conciliatório, os Estados Unidos devem enviar uma delegação ao funeral.

A oposição esperava um recomeço das relações.

Chávez governou a Venezuela por 14 anos e foi reeleito por ampla margem para mais seis anos em outubro, derrotando Capriles. Não chegou, no entanto, a tomar posse nesse novo mandato, que começou oficialmente em 10 de janeiro.

O governo declarou sete dias de luto nacional.

Delegação dos EUA deve ir a funeral de Chávez

WASHINGTON – Os Estados Unidos devem enviar nesta semana uma delegação ao funeral do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, num aparente gesto conciliatório após a morte do estridente líder antiamericano, disse uma fonte do governo.

A Embaixada dos Estados Unidos em Caracas está sem embaixador desde 2010, quando Chávez rejeitou uma nomeação de Washington. Isso levou o país a revogar a acreditação do embaixador venezuelano.

Em nota divulgada logo após o anúncio da morte de Chávez, na terça-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, se disse interessado em desenvolver uma "relação construtiva" com a Venezuela.

Uma fonte graduada do Departamento de Estado norte-americano disse sob anonimato que os Estados Unidos querem uma relação "mais funcional" com a Venezuela daqui por diante.

A fonte disse que ainda é cedo para dizer como a situação vai evoluir, mas afirmou que Washington planeja enviar uma delegação para o funeral de Chávez, na sexta-feira.

Detalhes sobre a composição da delegação serão anunciados pela Casa Branca.

UE lamenta morte de Chávez e destaca o desenvolvimento social na Venezuela

Bruxelas – A União Europeia (UE) expressou nesta quarta-feira a sua "tristeza" com o falecimento do presidente venezuelano, Hugo Chávez, e destacou o "desenvolvimento social" e a "contribui ção à integração regional na América do Sul" alcançados pelo país sob a sua administração.

"A União Europeia recebeu com tristeza as notícias sobre a morte do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez", assinalaram em comunicado conjunto os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Os dois líderes asseguram que "a Venezuela se destacou por seu desenvolvimento social e por sua contribuição à integração regional na América do Sul", ao tempo que acreditam que UE e Caracas podem "aprofundar suas relações no futuro".

EUA ridicularizam acusação de conspiração na morte de Chávez

Washington – O presidente venezuelano Hugo Chávez morreu ontem convencido que era vítima de uma conspiração dos Estados Unidos, uma acusação ridicularizada por Washington, mas que, segundo afirmaram especialistas nesta quarta-feira, foi alimentada pelas complicadas relações entre os dois países.

Chávez faleceu em decorrência de complicações de um câncer na zona pélvica jamais detalhado por seu governo, após tentar forjar, ao longo de 14 anos, um movimento bolivariano de contrapeso aos EUA na região.

Chávez sobreviveu a um golpe militar de 48 horas em abril de 2002, que ele atribuiu ao apoio tácito da Administração de George W. Bush, e jamais ocultou seu desdém pelo "imperialismo ianque".

Na terça-feira, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou durante um discurso televisivo que "inimigos históricos" do país "buscaram o ponto certo para atingir a saúde" de Chávez, e pediu que uma comissão científica confirme que o presidente "foi atacado".

Em resposta, um porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell, tachou de "absurda" a acusação de que os EUA estavam interessados em causar a doença de Chávez e rejeitou que Washington esteja "envolvido em qualquer tipo de conspiração para desestabilizar" a Venezuela.

Segundo alguns analistas consultados hoje pela Agência Efe, as acusações do governo de Caracas não surpreendem, levando em conta o nível atual das relações bilaterais.

Manuel Suarez-Mier, professor da American University e colunista do jornal mexicano "Excelsior", disse que "é típico dos regimes populistas recorrer a explicações mágicas e a teorias da conspiração".

"Sempre há uma teoria de complô. É uma combinação de ignorância e paranoia. Para ficar bem com o povo que dizem representar recorrem a estas teorias para culpar outros de seus fracassos", enfatizou o analista.

"Há toda uma história negra dos EUA na América Latina, mas é bastante antiga; as tentativas documentadas dos EUA para assassinar Fidel Castro, por exemplo, são uma comédia de erros magnífica, e o caso é que os populistas atribuem a seus inimigos políticos seus fracassos. Os EUA deixaram de ser o imperialismo", comentou.

Porém, Mark Weisbrot, co-diretor do Centro para a Pesquisa Econômica e Política (CEPR) em Washington, ressaltou que os EUA "fizeram tudo o que podiam para desfazer-se" de Chávez, e inclusive deram apoio político e econômico à oposição "e seguem fazendo isso".

"Em parte devido à oposição de EUA, Chávez foi satanizado por praticamente todos os principais meios de comunicação do Ocidente. Os EUA perderam boa parte de sua influência na América Latina, especialmente na América do Sul, por causa de Chávez", opinou Weisbrot.

Em dezembro de 2011, durante um discurso televisivo dirigido a militares, Chávez sugeriu que os EUA haviam "inventado a tecnologia para propagar o câncer" em alguns líderes latino-americanos.

Embora Chávez tenha insistido que não estava fazendo acusação alguma, afirmou que "não seria estranho se eles (EUA) desenvolvessem a tecnologia para induzir o câncer e ninguém soubesse até agora".

Na aquela ocasião, vários líderes latino-americanos, todos de esquerda, tinham recebido diagnóstico de câncer: Cristina Kirchner, na Argentina; Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai; além da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após extirpar um tumor na tireóide, os médicos de Cristina determinaram que não havia células cancerosas.

A escritora e colunista Ann Louis Bardach disse à Efe que a acusação de Maduro na terça-feira está "próxima da demência".

"Parece que o que estão fazendo com isso é aumentar o antiamericanismo para impulsionar a candidatura (à presidência) de Maduro", assinalou.

"Quando há um homem como Chávez, com pouca disciplina em sua saúde, que não dormia mais de quatro horas diárias, bebia 26 xícaras de café e até poderia ter tido transtorno bipolar, não são necessárias teorias de conspiração para que desenvolva uma doença", acrescentou Ann Louis.

Por sua vez, o oncologista peruano e ex-presidente da Sociedade Americana do Câncer, Elmer Hortas, declarou à Efe que, em todo caso, o câncer "não se contagia nem se inocula" e que a maioria dos pacientes não morre de câncer em si, mas das complicações que este produz.

Damasco agradece o apoio de Chávez ao povo sírio

O governo de Damasco elogiou o recém-falecido presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pelo apoio que deu ao presidente Bashar al-Assad desde o início da rebelião armada no país árabe.

"Chávez sempre apoiou os legítimos direitos árabes também rejeitaram a conspiração contra a Síria", afirmou na quarta-feira a agência de notícias oficial síria SANA.

Segundo a fonte, o falecido líder "em várias ocasiões manifestou a sua solidariedade com a liderança síria e as pessoas contra o imperialismo ataque selvagem".

Desde que o caos começou no Estado árabe, há dois anos, o presidente bolivariano tinha mostrado o seu descontentamento com esta situação que, em sua opinião, era apenas trama um americano contra o governo em Damasco.

Síria e Venezuela tinha reforçado a sua cooperação bilateral no âmbito de três visitas oficiais ao presidente deste último tinha feito a Damasco, em 2006, 2009 e 2010.

Palavras de conforto sobre a morte da América presidente americano não se limita aqui, para os líderes de diferentes países do mundo expressaram suas condolências e pesar sobre ele.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu na terça-feira 4:25 pm, hora local, em Caracas, após lutar contra o câncer que foi diagnosticado há dois anos, anunciou o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Naval Brasil

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