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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

EUA recusam proposta iraniana para encerrar impasse nuclear, diz jornal

Irã paralisaria enriquecimento de urânio em troca de suspensão de sanções

O governo iraniano propôs recentemente um plano para terminar a crise política com potências ocidentais sobre o seu programa nuclear, mas oficiais norte-americanos rejeitaram a proposta de negociação, informou o jornal norte-americano New York Times.

Segundo a reportagem, as principais autoridades do país começaram a se preocupar com as sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU bem como com o contexto internacional e tentaram angariar apoio para a resolução do conflito na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

“Eu acredito que é justo dizer que, dentro da comunidade internacional, existe uma opinião dividida sobre se o alto escalão do regime iraniano está ficando seriamente preocupado ou não”, disse um oficial não identificado ao New York Times sobre o desenvolvimento do programa nuclear no Irã.

O plano iraniano, que contém nove medidas graduais, é baseado em uma proposta apresentada para autoridades europeias em julho. De acordo com o projeto, o país persa desativaria uma de suas plantas nucleares responsáveis pelo enriquecimento de urânio,enquanto os países suspenderiam suas sanções contra o país. Quando todos os bloqueios estivessem paralisados, os iranianos encerrariam por completo a produção do elemento em todas as usinas, impedindo a construção de qualquer arma nuclear.

Apesar disso, oficiais da Casa Branca explicaram ao New York Times que o acordo não apresentava garantias de que a bomba não poderia ser produzida. “Eles podem reiniciar o programa em um segundo. Eles não têm que responder nenhuma pergunta ao inspetor”, disse um funcionário de alto escalão do governo norte-americano. “E nós deveríamos suspender sanções que demoraríamos anos para reimpor”, acrescentou ele.

De acordo com a versão norte-americana, os iranianos podem enviar o urânio enriquecido para estoques fora das usinas nucleares e depois, trazê-los de volta sem passar por nenhuma inspeção. Os EUA, no entanto, não apresentaram nenhuma contraproposta ou modificação do plano oficialmente para alcançar um consenso com o Irã e solucionar a questão.

No ano passado, os EUA propuseram, de acordo com o New York Times, que o Irã removesse todo o material nuclear do país, encerrasse o enriquecimento de urânio e fechasse uma de suas usinas. Em seguida, os EUA e seus aliados ofereceriam cooperação para o desenvolvimento de programas nucleares para fins pacíficos e não acrescentariam novas sanções, mas os bloqueios já impostos não seriam suspensos.

Fins pacíficos ou militares?

O programa nuclear iraniano foi anunciado em fevereiro de 2003 pelo então presidente, Mohamed Khatami, que revelou a existência da instalação de Natanz e convidou a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) para visitá-la.

Desde então, políticos norte-americanos e europeus desconfiam dos fins pacíficos do programa e afirmam que o governo do Irã deseja desenvolver armas nucleares. França, Reino Unido, Alemanha e os EUA conseguiram aprovar no Conselho de Segurança seis pacotes de sanções contra o país de 2006 até os diais atuais. A União Europeia e diversos países, incluindo os EUA, também realizam bloqueios contra o país.

A AIEA faz visitas constantes ao Irã com a finalidade de acompanhar o desenvolvimento de seu programa nuclear, de modo a produzir diversos relatórios sobre o caso. Em todos estes documentos, a agência afirmou que não pôde verificar indícios de fabricação de armas nucleares.

Opera Mundi

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