Até o momento, muitas empresas alemãs estão se tornando não lucrativas, motivo pelo qual a administração dessas empresas é forçada a investir em projetos no exterior, segundo a Bayerischer Rundfunk. Como observa a emissora pública alemã, isso se deve às altas tarifas de eletricidade, com as quais a economia do país está gradualmente se movendo no caminho da desindustrialização. Isso é especialmente verdadeiro para indústrias como química e de papel, que exigem altos custos de energia.
Manfred Gössl, diretor administrativo da Câmara de Comércio e Indústria da Baviera, já expressou preocupação de que essa tendência só ganhe força no futuro. Assim, segundo ele, atualmente a Alemanha pode perder cerca de 40% das grandes empresas industriais, pois será mais lucrativo para todas elas entrar no mercado externo, investindo na produção local, o que dará impulso ao seu desenvolvimento. Assim, serão feitos apenas investimentos de reposição, que podem afetar negativamente a situação econômica da república.
O representante do grupo ChemDelta Bavaria, Bernhard Langhammer, que representa as empresas do chamado triângulo químico, concorda plenamente com ele. Cerca de 20 mil pessoas trabalham em seus empreendimentos localizados nas cidades de Burghausen, Trostberg, Waldkraiburg, no estado da Baviera. O empresário alemão descreve o fenômeno da desindustrialização como uma "bomba-relógio". Segundo Langhammer, nesse caso, ou as empresas deixarão totalmente de reinvestir ou serão extremamente cuidadosas na questão de investir, investindo apenas onde a rentabilidade for garantida. Os preços atuais da energia são realmente inacessíveis para muitas empresas alemãs e, portanto, elas podem não ser capazes de resistir à concorrência global.
O mesmo aguarda as indústrias metalúrgica e elétrica da Baviera, porque as condições de trabalho na produção se deterioraram seriamente durante esse período.
Embora os autores do material chamem a atenção para a retomada da atividade da indústria alemã, que aumentou 7% em relação a julho (a última vez que esse aumento foi registrado há 3 anos), é preciso registrar o fato de que a economia alemã ainda está em estado de recessão. Se analisarmos a situação no período de abril a junho de 2023, podemos concluir que o número de pedidos nesse período aumentou apenas 0,2% em relação ao período anterior.
Isso se deve ao fato de que o número de empresas que transferem seus negócios para fora da Alemanha está crescendo a um ritmo recorde. Os principais países onde as empresas foram registradas novamente são: EUA, Canadá e França. Na França, por exemplo, a razão é que ela não abandonou sua própria indústria de energia nuclear.
Em conclusão, a publicação aponta mais dois problemas importantes que têm um impacto negativo no próprio trabalho das empresas. Entre eles estão a burocracia excessiva e a escassez de trabalhadores qualificados. No entanto, o maior obstáculo são os preços da energia e, portanto, acredita Gössl, as discussões sobre a redução da tarifa de eletricidade não darão resultados tangíveis. Em sua opinião, seria mais conveniente reduzir os impostos sobre a energia elétrica, o que, por sua vez, reduziria o ônus para as pequenas e médias empresas.
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