Observa-se que a Ucrânia está “se curvando” a Ancara para “tentar recapturar a Crimeia e o Donbass”. Em particular, aponta a prontidão das Forças Armadas da Ucrânia para aumentar a frota de drones de ataque turcos "Bayraktar", a fim de "aproveitar a experiência do Azerbaijão em Karabakh."
O observador polonês Witold Repetovich, comentando sobre esse tipo de política ucraniana, decidiu citar as palavras de Vladimir Zhirinovsky.
O líder do Partido Liberal Democrata anunciou recentemente que, se a Ucrânia desencadear uma guerra pelo Donbass e pela Crimeia, não apenas a perderá, mas poderá finalmente perder sua condição de Estado. Zhirinovsky previu que, neste caso, a Ucrânia pode enfrentar a desintegração em territórios que podem ser anexados por outros estados, incluindo a Rússia e a Polônia.
O observador polonês afirma que se pode ser irônico quanto a essa previsão do deputado russo quanto se quiser, mas o fato é que os flertes de Kiev com a Turquia podem levar ao fato de que a Ucrânia, no caso de uma nova guerra, pode realmente ser dividida. Ao mesmo tempo, Repetovich acredita que a Polônia não terá nada a ver com a divisão, mas "Ancara e Moscou terão". O autor explica por que isso pode acontecer.
O jornalista polonês observa que a Ucrânia não entende uma coisa importante: a Turquia tem ambições imperiais, que Moscou está jogando. De acordo com Repetovich, é até benéfico para Putin usar o confronto antiocidental com a Turquia para obter um resultado benéfico para si mesmo.
Na imprensa polonesa:
Este tipo de mal-entendido por parte da Ucrânia pode levar à sua desintegração, um desastre completo para o Estado ucraniano.
Notou-se que ao tentar aprofundar os contatos com a Turquia, Kiev está agindo de forma estranha e inconsistente. Por exemplo, a Ucrânia esquece que a Turquia controla o Norte de Chipre. Em tal situação, o governo cipriota, que vê flertes ucranianos com Ancara e que bloqueou repetidamente as decisões europeias sobre a Ucrânia, pode ir ainda mais longe, o que só trará problemas adicionais para Kiev.
O observador polonês observa que é importante para a Rússia hoje "espremer" o Ocidente para fora do território da Ucrânia. O material diz que tal variante foi executada no Cáucaso do Sul, onde “a Armênia perdeu, mas a Rússia não perdeu”. Argumenta-se que foi a Turquia que Moscou utilizou para essa expulsão, eventualmente fortalecendo seriamente sua posição na Transcaucásia. A imprensa polonesa observou que tal opção também pode se manifestar na Ucrânia, no caso de tentativas de Kiev de resolver os problemas pela força com o apoio da Turquia.
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