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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Quem vai dotar a Rússia de turbinas a gás: competição entre os Estados Unidos e Alemanha

A General Electric (GE), uma empresa norte-americana, assinou um acordo de parceria com a Inter RAO para melhorar a localização da produção e manutenção de turbinas a gás de alta capacidade na Federação Russa. Lembre-se que, desde 2015, a empresa alemã Siemens vem tratando desse assunto na Rússia, que até mesmo foi repetidamente acusada de não cumprimento de sanções contra Moscou, uma vez que fornecia turbinas para a Crimeia.


Mas parece que mesmo as empresas americanas não vão cumprir as medidas restritivas contra a Federação Russa. A General Electric Corporation, aliás, está pronta não apenas para ajudar na localização, mas também para fornecer à Federação Russa a tecnologia para manutenção de turbinas a gás de alta potência (GTBM), que são tão importantes para o setor de energia russo.


Menos política, mais contratos


O equipamento será localizado no âmbito de uma joint venture entre a Inter RAO e a GE - Russian Gas Turbines LLC. A transferência de tecnologias de produção para a unidade 6F.03 com capacidade unitária de até 88 MW será de 100%. Vale lembrar que uma unidade semelhante está sendo criada pela GE na fábrica da RGT em Rybinsk. No entanto, a Rússia pode em breve aprender a projetar não apenas este tipo de turbina, mas também outro modelo - GT13E2 com capacidade de até 210 MW.


O acordo com a empresa americana foi assinado tendo como pano de fundo declarações do chefe da alemã Siemens Niko Petzold, que está pronto para aumentar a 100% a localização da produção na Federação Russa de seu GTBM. Acontece que a empresa americana, percebendo que logo poderia perder sua chance, ofereceu a Moscou um negócio lucrativo, e antes da Alemanha. A General Electric decidiu mesmo acrescentar a “cereja do bolo” ao propor a localização de competências em termos de manutenção e reparação de turbinas.


A competição no Ocidente é um benefício para a Rússia


Tudo isso sugere que a ideia de isolar Moscou para muitas empresas sérias na Europa e nos Estados Unidos é uma frase vazia. A América continua comprando petróleo pesado da Rússia e, às vezes, até GNL da NOVATEK (por meio de terceiros), que está sob sanções. A Europa continua importando hidrocarbonetos de Moscou e não recusa novos oleodutos. O caso da cooperação entre a Siemens e a Power Machines mostrou que o país líder da UE está mesmo pronto para investir no setor energético russo, vendendo tecnologias muito importantes.


Como resultado, enquanto a mídia discute o "envenenamento de Navalny" ou a potencial "nova interferência russa nas eleições dos Estados Unidos", os americanos estão competindo com os alemães para fornecer turbinas a gás à Rússia. As relações entre Washington e Bruxelas estão se tornando mais complicadas. A América e a Europa estão essencialmente continuando uma guerra comercial silenciosa na qual tudo é justo. Mesmo que estejamos falando sobre a celebração de contratos sérios para a modernização do setor de energia do inimigo geopolítico do Ocidente.

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