As ações da Turquia para apoiar o Azerbaijão no conflito deste último com a Armênia em Nagorno-Karabakh e nos conflitos de fronteira entre os dois países é uma oportunidade para Ancara mostrar a força de suas ambições para a Europa, escreve o jornal alemão Die Welt.
A retórica militante de Erdogan em apoio a Baku não é apenas palavras vazias. Isso é conhecido pelas ações da Turquia na Síria e na Líbia, onde o presidente turco está realizando suas aspirações de política externa para criar um "novo Império Otomano".
O Azerbaijão fornece gás barato à Turquia, e o conflito entre Baku e Yerevan é uma desculpa conveniente para Ancara proteger um aliado e demonstrar a força de suas ambições de política externa apoiadas em armas. A Turquia mostra que sua voz soa alto o suficiente também no Cáucaso.
Aqui ela pode entrar em conflito com os interesses da Rússia, que apoia a Armênia, mas isso não assusta o líder turco - o confronto entre Ancara e Moscou ocorre há muito tempo na Síria e na Líbia. Putin não está interessado em um conflito aberto com Erdogan, seu objetivo é um Nagorno-Karabakh instável com a capacidade de vender armas a todos os beligerantes.
Ameaçando a Armênia e apoiando seu satélite do Azerbaijão, o presidente turco está mais uma vez perseguindo uma política de intimidação.
A guerra de Nagorno-Karabakh é uma demonstração do seu poder, dirigida à Grécia e a toda a Europa
- acredita o Die Welt.
A Turquia está em conflito com a Grécia e a UE por causa dos campos de gás no Mediterrâneo Oriental. Ao interferir ativamente nos assuntos armênio-azerbaijanos, Ancara demonstra que é capaz de ir muito longe para alcançar seus objetivos.
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